Galinsoga parviflora

Espécie: Galinsoga parviflora Cav.Nome(s)

Popular(es): Picão-branco, fazendeiro, picão-bravo, erva-da-moda, botão-de-ouro, fazendeiro-peludo, fazendeiro-de-folha-denteada

Descrição: Erva com 0,1–0,4 m de altura. Caule glabro a esparsamente piloso na base, mais densamente para o ápice, esverdeado, castanho-claro quando seco. Folhas lanceoladas ou ovais, 2–6 x 1–3,5 cm, ápice agudo ou acuminado, margem denticulada, moderadamente pilosas em ambas as faces, sobretudo sobre as nervuras, pseudopecíolo 0,1–1 cm compr., piloso. Capítulos com pedúnculos de 0,3–2 cm compr, vilosos, com alguns tricomas glanduloso-capitados, ebracteados ou com alguma bráctea lanceolada com 0,3–1 cm compr. Invólucro 2,5–3 mm alt., 3–4 mm diâm., brácteas involucrais externas de menor tamanho, ovais, 1,2–2,7 x 0,8–1,5 mm, ápice agudo, as internas ovais ou oblongas, 2,5–3,5 x 1,7–2,2 mm, ápice obtuso, margem inteira ou diminuto-laciniadas, escariosas ou rígidas na base e ao longo da região mediana, membranáceas e hialinas na margem, glabras ou glabrescentes, multinérveas. Receptáculo com páleas côncavas, as externas elípticas ou obovais, com 1 ou 2 lobos no ápice, 2,2–3 x 1–1,3 mm, as internas trífidas, 2,1–2,7 x 0,7–1 mm, ápice agudo ou acuminado, margem diminuto-laciniada, glabras. Flores do raio 4–5 por capítulo, corola 1,5–2,2 x 0,8–1 mm, tubo 0,8–1 mm compr., limbo oboval, ápice 2–3-dentado, pilosas no tubo. Flores do disco 19–66, corola 1–1,1 mm compr., tubo 0,3 mm compr., lacínias 0,1–0,2 mm compr., densamente pilosas. Cipselas 1–1,8 mm compr., estriadas, as do raio glabras ou esparsamente pubescentes no ápice, as do disco pilosas. Papilho formado por páleas com margens profundamente laciniadas e ápice obtuso, com ca. 1 mm compr., ou ausente. (Mondin 2004)
Hábitos, ecologia: 
Espécie nas zonas subtropicais e temperadas do mundo, sendo originária do Neotrópico. Ocorre em ambientes perturbados e bordas de trilhas ou de florestas. Possui polinização entomófila e dispersão anemocórica.

Usos: Medicinal: Na medicina popular, esta espécie é utilizada como antiinflamatória, antiescorbútica, vulnerária, cicatrizante, aromática, digestiva e excitante “Malefícios”:É invasora de pastagens, cultivos, gramados e canteiros”.

Referências: Alice, C.B.; Siqueira, N.C.S.; Mentz, L.A.; Assis Brasil e Silva, G.A. & José K.F.D. 1995. Plantas Medicinais de Uso Popular, Atlas Farmacognóstico. Canoas, RS. Ed. ULBRA. 208 p.Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum. 
Mondin, C.A. 2004. Levantamento da Tribo Helianthae Cass. (Asteraceae), Sensu Strictu no Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Mors, W.B.; Rizzini, C.T.; Pereira, N.A. Medicinal plants of Brazil. In: Defilipps, R.A. ed. Medicinal plants of the world. Algonac: Reference Publications. v.6.